HOSPITAL AROLDO TOURINHO PROMOVE PALESTRA SOBRE TRANSEXUALIDADE

O Hospital Aroldo Tourinho promoveu na manhã desta sexta-feira, 03/02, a palestra Pessoas Trans – Existências e Lutas por Direitos. O objetivo foi conscientizar sobre a importância da inclusão da população transexual.

Para abordar o assunto foram convidados os integrantes da Aliança LGBTI+ Estadual e Nacional em Montes Claros, advogado e professor universitário Marcelo Brito, que é coordenador do Projeto Inserto (Núcleo pela Diversidade Sexual e de Gênero) da Unimontes e integrante da Comissão da Diversidade Sexual e de Gênero da 11ª Subseção da OAB, e a cientista social Letícia Imperatriz, mulher trans, negra, mestranda em Desenvolvimento Social/Unimontes e conselheira Estadual de Direitos Humanos em Minas Gerais.

Temas como aceitação, empregabilidade e atendimento foram trazidos aos profissionais do HAT, além de abordadas iniciativas promovidas visando a inclusão do público trans e os desafios ainda encontrados na sociedade. Os palestrantes também esclareceram dúvidas pertinentes ao atendimento a pessoas transexuais e o universo LGBTQIA+, entre elas, as diferenças entre questões de sexualidade e de gênero.

“Nós estamos muito felizes com essa parceria entre o Hospital Aroldo Tourinho, a Aliança LGBTI Montes Claros e o Projeto de Extensão Inserto – Núcleo de Diversidade Sexual e de Gênero da Unimontes”, disse o advogado Marcelo Brito. “O Hospital Aroldo Tourinho toma um protagonismo muito importante neste contexto, que é de um tratamento mais humanizado e adequado às realidades da comunidade LGBTQIA+, estando atento ao respeito, ao uso do nome social e às realidades tanto da diversidade de gênero quanto da sexualidade”, completou.

“Ainda há muita luta em favor dos direitos das pessoas trans, principalmente melhorias a serem feitas em prol da diversidade na área da saúde, especialmente no atendimento, que vai desde a recepção até os consultórios”, destacou a superintendente do HAT,  enfermeira Ana Paula Lopes Santos Guerra. “Um dos conflitos mais recorrentes no sistema de saúde quando falamos da população LGBTQIA+ é o respeito ao nome social de pessoas trans. O Hospital Aroldo Tourinho tem respeitado esse direito, tratando-as como elas querem e devem ser chamadas”, complementou.

A palestrante Letícia Imperatriz agradeceu a oportunidade de falar com a comunidade hospitalar sobre a realidade das pessoas trans e destacou o pioneirismo do HAT no acolhimento aos transexuais. “O Aroldo Tourinho foi o primeiro hospital a destacar o nome social de uma mulher trans no painel eletrônico. Só temos que parabenizar mediante a essas necessidades tão mínimas que a gente busca, que são o respeito e a inclusão. E promover essa palestra é um momento histórico, é marcante. Esse processo de escuta que estamos recebendo aqui deveria ser feito em todos os lugares”, disse Letícia.

Para o presidente do HAT, professor Paulo César Gonçalves de Almeida, “é preciso cada vez mais dar voz e melhorar a integração da diversidade no ambiente hospitalar”, em especial, “adequar o atendimento sem distinção de quaisquer pluralidades. Tão urgente quanto a inclusão da população LGBTQIAP+, é ampliar a escuta a este público, a fim de reconhecer suas necessidades”.

O presidente afirmou que “vivemos um momento histórico de mudanças de atitude, de reconhecimento, mas, sobretudo cumprimento da legislação”. E reafirma o comprometimento do HAT com a inclusão: “Respeitar as diferenças é um dever. No caso das pessoas trans, o Hospital Aroldo Tourinho vai mais do que nunca tomar atitudes e desenvolver ações para respeitá-los e respeitá-las, transformando o respeito, com atitudes a partir da recepção, na acolhida, na assistência”.

Por fim, o presidente reforçou a importância de eventos como esse e agradeceu aos palestrantes. “Fomentar esse debate junto à comunidade hospitalar é essencial para construirmos uma sociedade mais inclusiva. Agradecemos a orientação que tivemos do professor Marcelo Brito e Letícia Imperatriz. Nós estamos dispostos e , mais do que nunca, empenhados, em transformar o Aroldo Tourinho cada vez mais em um hospital de acolhimento de amor e de carinho com os seus clientes, independente do gênero, da categoria econômica e da posição social”, finalizou o professor Paulo César.

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